quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Abstinência antes do casamento ajuda vida sexual, sugere estudo

Pesquisa é de universidade americana financiada pela Igreja Mórmon.

 Da BBC

Um estudo publicado pela revista científica "Journal of Family Psychology", da Associação Americana de Psicologia, sugere que casais que esperam para ter relações sexuais depois do casamento acabam tendo relacionamentos mais estáveis e felizes, além de uma vida sexual mais satisfatória.

Entre os ouvidos para a pesquisa, pessoas que praticaram abstinência até a noite do casamento deram notas 22% mais altas para a estabilidade de seu relacionamento do que os demais.

As notas para a satisfação com o relacionamento também foram 20% mais altas entre os casais que esperaram, assim com as questões sobre qualidade da vida sexual (15% mais altas) e comunicação entre os cônjuges (12% maiores).

Para os casais que ficaram no meio do caminho - tiveram relações sexuais após mais tempo de relacionamento, mas antes do casamento - os benefícios foram cerca de metade daqueles observados nos casais que escolheram a castidade até a noite de núpcias.

Mais de duas mil pessoas participaram da pesquisa, preenchendo um questionário de avaliação de casamento online chamado RELATE, que incluía a pergunta 'Quando você se tornou sexualmente ativo neste relacionamento?'.
  
Religiosidade
 

 Apesar de o estudo ter sido feito pela Universidade Brigham Young, financiada pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também conhecida como Igreja Mórmon, o pesquisador Dean Busby diz ter controlado a influência do envolvimento religioso na análise do material. (Será?)

"Independentemente da religiosidade, esperar (para ter relações sexuais) ajuda na formação de melhores processos de comunicação e isso ajuda a melhorar a estabilidade e a satisfação no relacionamento no longo prazo", diz ele.

"Há muito mais num relacionamento que sexo, mas descobrimos que aqueles que esperaram mais são mais satisfeitos com o aspecto sexual de seu relacionamento."

O sociólogo Mark Regnerus, da Universidade do Texas, autor do livro Premarital Sex in America, acredita que sexo cedo demais pode realmente atrapalhar o relacionamento.

"Casais que chegam à lua de mel cedo demais - isso é, priorizam o sexo logo no início do relacionamento - frequentemente acabam em relacionamentos mal desenvolvidos em aspectos que tornam as relações estáveis e os cônjuges honestos e confiáveis."


FONTE: G1.com

 

11 regras da vida que seus filhos não aprenderão na escola


Essas frases foram coletadas de um livro chamado "Dumbing Down our Kids", escrito por um educador chamado Charles Sykes. São regras que o ensino atual paradoxalmente esqueceu e que merecem alguns minutos de sua reflexão:






  1. A vida não é fácil, acostume-se com isso.
  2. O mundo não está preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele independentemente de que esteja se sentindo bem ou não consigo mesmo.
  3. Você não ganhará 10 mil reais por mês assim que sair da escola. Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.
  4. Se você acha que seu professor é maldoso, espere até ter um chefe. Este sim não terá pena de você.
  5. Trabalhar de ajudante durante as férias não diminui sua posição social nem lhe tira a dignidade. Seus avós tinham uma palavra diferente para isso: eles chamavam de oportunidade.
  6. Se você fizer uma besteira e fracassar, não ponha a culpa nos seus pais. Então não lamente seus erros, melhor, aprenda com eles.
  7. Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos e chatos como agora. Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são ridículos. Então, antes de tentar salvar o planeta para a próxima geração indicando os erros da geração dos seus pais, comece limpando as coisas da sua própria vida, como a sua própria louça ou seu quarto.
  8. Na escola, as vezes, o professor busca eliminar ou minimizar as diferenças existentes entre vencedores e perdedores, mas na vida real não é bem assim. Você tem a chance de repetir de ano até aprender, já na vida real, se errar: - "Você está despedido!"
  9. A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados ajudem-no a fazer suas tarefas no fim de cada período.
  10. Televisão não é vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a boate e ir trabalhar.
  11. Seja legal com os Nerds -aqueles estudantes que os demais julgam CDFs-. Existe uma grande probabilidade de que você termine trabalhando para um deles.

    FONTE: Mdig

    quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

    CULTIVANDO A PAZ

    Desde sempre tem orado a humanidade, as mãos postas sobre o peito ou inertes sobre o chão ou elevadas para o céu.
     
    Têm orado os homens pela saúde, pelo pão, por amores que não voltam, por uma morte serena, por um lugarzinho junto a Deus, têm rezado pela paz.
     
    No que tange a esta última, por que será que a Paz não existe entre os homens ou ocorre tão somente entre as pessoas de uma mesma crença ou uma mesma etnia? Por que será que Deus não nos escuta em nossas preces pela paz?, pois que são gregos contra troianos; franceses contra belgas; espanhóis contra portugueses; ; alemães contra judeus; iranianos contra iraquianos; russos contra chechenos; sérvios contra albaneses; baianos contra pernambucanos; campinenses contra pessoenses; nós contra nossos vizinhos. Brancos contra negros; homens contra mulheres; jovens contra velhos; ricos contra pobres; protestantes contra católicos; católicos contra ateus e contra os ecumênicos, todos esses – e nós contra o mundo, escolhendo bodes-expiatórios para nossas crimes e pecados, dizendo sempre que a culpa é sempre dos outros.
     
    Diante de tudo isso, Deus está surdo às nossas preces ou de fato já morreu? Ou, doutra forma, por que buscar em Deus o que é da inteira responsabilidade do homem?
     
    Acerca dessa odienta guerra particular que travamos com o mundo todos os dias, ensina-nos René Girard: “A vítima expiatória substitui a violência de todos contra todos, pela violência unânime de todos contra um, fundando assim a comunidade”. E nos diz Freud: “É sempre possível unir um considerável número de pessoas no amor, enquanto sobrarem outras pessoas para receberem as manifestações de sua agressividade.” Ou seja: Cada um de nós atribui sempre ao outro a causa de todo o mal – mal esse que, na verdade, está radicado dentro de nós mesmos, pelo menos como potência ou possibilidade de escolha. 

    Assim sendo, nem Deus está surdo, nem morreu, cabendo-nos formular corretamente a questão: Será que temos orado da forma que Deus deseja?
     
    E, assim, necessário a oração: Necessário orar todos os dias pelo auto-conhecimento, fazendo de cada instante uma oração.
     
    E sobretudo necessária a oração, aliando-se à prece o gesto pacífico e a ação pacificadora: Entre a prece pela paz e a paz concreta, de fato, talvez nos falte a intenção de realmente abrir os braços, as mãos, o coração ao amigo mais distante e ao mais próximo dos inimigos, pois para a Paz – que apenas e exatamente começa em cada um de nós - existe apenas o caminho que vai do coração às nossas mãos: o caminho da tolerância, o caminho da aceitação do outro como ele é e embora diferente, nosso Irmão...
     
    Se formos hoje, assim, sinceramente pacíficos, com certeza, será Paz amanhã.

    DR. EDMUNDO GAUDÊNCIO – Março 2000 

    quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

    Curiosidades Sobre Walt Disney

     Em 15 de dezembro de 1966 morria Walt Disney, o mais famoso desenhista e cineasta estadunidense. Quarenta e quatro anos e um dia depois conto alguns episódios curiosos de sua biografia que por verdade tem muitas curiosidades interessantes desconhecidas do público em geral.

    1. Filho adotivo.  Devido aos castigos impostos pelo severo pai, Elias Disney, Walt, depois de descobrir que não tinha uma certidão de nascimento, alimentou a idéia de que era filho adotivo.
    2. O mais mimado. A pessoa melhor recompensada pela Academia de Cinema é Walt Disney. O pai de Donald obteve mais de 60 indicações e recebeu impressionantes 26 Oscar, principalmente por seus curtas de animação.
    3. Desenhista precoce. Ainda criança Walt gostava muito de desenhar e dedicou-se a isso apaixonadamente. Passava horas no bosque, observando os animais, para desenhá-los depois em seu caderno.
    4. Entretenimento. Walt Disney, que tinha um implante dentário de madeira, dizia: "Prefiro entreter as pessoas com a esperança de que aprendam algo que ensinar com a esperança de que se entretenham".
    5. Mudança de nome. Walt Disney escolheu o nome de Mortimer para seu mais famoso ratinho animado, mas sua esposa Lillian convenceu-lhe para que trocasse o nome para Mickey. O próprio Walt foi quem dublou a voz de Mickey Mouse durante vários anos.
    6. Empreendedor. Em 1922, antes de criar a Disney Company, Walt fundou a companhia Laugh-O-Gram Films, com a qual realizou bem sucedidos curtas-metragens baseados em contos infantis. No entanto, as despesas de produção superavam os ganhos e um ano depois a empresa faliu.
    7. E fez-se a cor. Walt Disney introduziu o ®Technicolor (tecnologia da cor usada até hoje nos filmes) para a produção de Silly Symphonies.
    8. Câmera multiplano. Em 1936, Walt Disney inventou a câmera multiplano, capaz de sugerir profundidade de campo graças a um engenhoso sistema de superposição de cinco lâminas filmadas em um mesmo plano para simular a distância. Usou-a pela primeira vez em Branca de Neves e os sete anões.
    9. Dali e Disney. Salvador Dali e Walt Disney trabalharam juntos em 1946 em Destino, um curta de animação com traços surrealistas que pretendia narrar uma bela história de amor e remarcar a importância do tempo. Em 1946 somente rodou-se uma sequência experimental de 15 segundos. Em 2003, um sobrinho do fundador, Roy Disney, retomou o projeto e recuperou os desenhos e as primeiras ideias em que se baseava o curta-metragem.
    10. Senso do humor. Em certa ocasião perguntaram a Walt Disney o que ele achava de ser uma celebridade. "Nunca me ajudou a fazer um bom filme ou dar um bom golpe no polo, ou que minha filha me obedeça. Nem sequer serve-me de nada com as pulgas que infestam meus cães... bobagem", respondeu.
    11. Disney congelado: Diz a lenda, propagada por uma bando de replicantes de e-mails, que Disney após descobrir que tinha uma doença incurável, teria solicitado que criogenizassem seu corpo até que fosse descoberta a cura para a doença. Não, pela enésima vez, Walt Disney NÃO foi congelado.

    Fonte: MDig

    O Misterioso Orgasmo Feminino

     Desde um ponto de vista evolutivo, o orgasmo feminino não constitui um grande mistério: é um incentivo prazeroso para buscar posteriores encontros sexuais. Já ao orgasmo masculino há que acrescentar, é lógico, a ejaculação. Mas o clímax sexual das mulheres é mais complexo e recôndito que o masculino. Por exemplo, pode ser fingido. As mulheres não têm a necessidade de experimentar um orgasmo para conceber - ainda que ajude, pois permite que a mulher se mantenha relaxada após o sexo, retendo passivamente o esperma.

    Muitos psicólogos evolucionistas chegaram mesmo a considerar a ideia de que o orgasmo feminino é uma adaptação sofisticada que permite às mulheres manipular, consciente ou inconscientemente, seus amantes: o número de contrações vaginais que um orgasmo produz permite absorver uma maior quantidade de esperma e, portanto, aumenta a probabilidade de concepção. A sucção uterina leva o esperma através da barreira mucosa cervical.


    Em um relatório publicado a respeito da força da sucção orgástica para o colo uterino, um médico resenhou que as contrações uterina e vaginal de uma paciente durante o sexo foi capaz de sugar a camisinha do seu amante. No curso da exploração, o preservativo foi encontrado dentro do diminuto canal cervical.


    Os cientistas descobriram que se a mulher chegar ao clímax em qualquer momento compreendido entre 1 minuto antes e 45 minutos após que seu amante ejacule, retém muita mais quantidade de esperma. Por conseguinte, enquanto o homem persegue com que a mulher atinja o clímax para aumentar sua autoestima ou por temor de que ela não queira voltar a manter relações sexuais com ele, a mulher usa este clímax para decidir de quem ficará grávida. É a evolução conspirando em favor da vida.

    Fonte: MDig

    Descontrair...








    quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

    CURIOSIDADE!

    Casar reduz comportamento agressivo em homens, diz estudo

    Pesquisa acompanhou 289 pares de gêmeos dos 17 aos 29 anos.
    Trabalho foi conduzido por geneticista e psicóloga nos Estados Unidos.

     

    Casar tende a reduzir o comportamento agressivo nos homens, indicou um estudo de pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos.

     

    Por um lado, são os homens menos problemáticos que tendem a casar mais cedo, observou a pesquisa; por outro, quando casados, o seu nível de comportamento agressivo diminui ainda mais.

     

    O estudo acompanhou dados de 289 pares de gêmeos, que foram analisados à idade de 17 anos (quando nenhum participante era casado), 20, 24 e 29 anos (quando 60% estavam casados).

     

    A abordagem por meio de pessoas identicamente genéticas foi adotada para descartar explicações genéticas para as mudanças de comportamento.

     

     "Nossos resultados indicam que a redução da taxa de comportamento antissocial em homens casados é mais complicada que pensávamos", disse a coordenadora do estudo, Alexandra Burt, professora associada de psicologia e geneticista comportamental da universidade."

     

    "O casamento em geral é positivo para os homens, pelo menos em termos de reduzir o comportamento antissocial. Mas os dados também indicam que a definição de quem se compromete com o casamento não é aleatória."

     

    Em um artigo publicado na revista especializada "Archives of General Psychiatry", os pesquisadores afirmam que homens com níveis mais baixos de comportamento antissocial aos 17 e 20 anos têm mais probabilidade de estar casados à idade de 29 anos.

     

    Pesquisadores referem-se a esse fenômeno pela denominação de "processo de seleção". Tal processo tem se tornado mais evidente, segundo eles, na medida em que as taxas de matrimônio vêm decaindo desde os anos 1950.

     

    Alexandra Burt ressaltou que, comparados aos seus irmãos gêmeos solteiros, os gêmeos casados em geral viram-se envolvidos em menos episódios de comportamento antissocial.

     

    Para os pesquisadores, a explicação pode não estar diretamente no casamento, mas sim no fato de que o matrimônio incentiva os comportamentos sociais e reduz o tempo passado com colegas menos comportados.

     

    Nos casamentos mais fortes, o efeito matrimonial de reduzir os comportamentos antissociais são ainda mais claros, disseram os pesquisadores.


     

    FONTE: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/12/casar-reduz-comportamento-agressivo-em-homens-diz-estudo.html

    HUMOR


    FONTE: NOSSOESTRANHOMUNDO e DESMOTIVADO.COM

    terça-feira, 7 de dezembro de 2010

    O DIA DA CIRURGIA


    Era uma quinta-feira, dia de clima ensolarado e agradável.
    Ele caminha pelo corredor do hospital. Seus olhos contemplam aquelas paredes como se já as conhecesse. Aquele cheiro também não era estranho ao seu olfato. Cada passo parecia o deixar mais nervoso, e, mesmo assim, mais aliviado. Aquele dia tinha sido temido, mas também desejado.
    Esperança... Era o que emanava da alma daquele rapaz, o qual, acompanhado de sua irmã e mãe, curtia aqueles momentos tão solitários de tensão e expectativa.
     Chegando num quarto de enfermaria, era como se o espírito do rapaz tivesse sido inundado pelo aconchego do local que, apesar de mórbido, era um consolo para aquela alma angustiada por toda aquela situação.
    Ele não demonstra muita tensão. Aliás... Ele não se sente mais tão tenso. Conversa com a mãe e a irmã. Aquela está aparentemente calma, mas na profundidade do seu olhar e nos detalhes dos seus gestos, a apreensão se exibe claramente. Sua irmã tem semblante de cansaço. Estava preocupada com provas e outros problemas pessoas, os quais serviam de fuga para seu irmão.
    O tempo passa... Ninguém aparece.
    Já passava das 9 horas da manhã, quando a porta do quarto se abre. O rapaz sente uma pontada de ansiedade, que mais parece uma punhalada em seu estômago.
    A hora chegou!
    Troca suas roupas pelas do hospital, sobe na maca e se despede da mãe e da irmã. Ele ainda pensa em preveni-las de algo ou fazer algumas recomendações caso o pior aconteça... Mas não! Sua fé e confiança, naquele momento, são maiores.
    E lá se vai pelos corredores do hospital. Sua visão agora contempla apenas o teto. Cada lâmpada de iluminação tem uma distância regular entre a próxima e, assim, vão marcando a distância até a sala de cirurgia, bem como a vida daquele rapaz. Cada luz traz consigo um foco de terror. É fria... Pungente.
    A sala de cirurgia não é um lugar estranho para ele. Mas, por isso, não menos doloroso.
    Enquanto aguarda o cirurgião e o anestesista, conversa com as técnicas de enfermagem, as quais tentam, mas não conseguem introduzir corretamente a agulha em sua veia. Até que o cirurgião chega:
    –Se não conseguir pode deixar, que o anestesista pega a veia quando chegar.
    Cumprimenta o rapaz, que se sente mais aliviado. O cirurgião posiciona o foco sobre o rapaz. Os olhos do mesmo contemplam aquela luz familiar e, no mesmo instante, se enchem de lágrimas. Sua face se contrai toda. A boca se entorta e treme. E ele chora em silêncio... Sustentando toda a mágoa e o pranto os quais estão a apertar seu peito. Chora! Não pela situação em si, mas por todo o caminho até ali. Chora de desgosto por achar que aquele momento nunca mais viria a se repetir. Chora por se sentir fraco, vulnerável... Chora por, na verdade, não ter a certeza de que aquela seria a última vez. Chora, também, por temer que fosse a última.
    Controle-se! Tenha fé! É só mais uma batalha a vencer.
    Você não está sozinho!
    Aqueles pensamentos pareceram lhe renovar as forças. Enxuga as lágrimas e, mesmo sem seu terror  ter diminuído diante da situação, retoma o velho espírito de guerreiro, o qual o sustentara há anos. 
    Coragem, homem!
    Seu temor da morte parece bem maior que o das outras vezes. Aliás, nas outras vezes mal pensara naquilo. Dessa vez era tanto que evitava até falar com Deus, pois isso parecia o aproximar cada vez mais do outro lado da vida. Ele estava pronto e iria enfrentar aquela situação de frente. Estava concentrado naquilo!
    O anestesista chega.
    É um homem muito alegre e bem humorado. Conversa com o rapaz.
    De repente, parece que aquela batalha não é mais só dele. O anestesista lhe dá um aperto de mão firme, como se o rapaz fosse um amigo que não vira há muito tempo. Uma onda de alívio toma conta daquele rapaz, como um general após receber e adicionar reforço maciço à suas tropas no meio de uma difícil batalha.
    O anestesista consegue pegar os acessos venosos, os quais não foram “encontrados” pelas técnicas de enfermagem. Prepara a anestesia e mais uma vez conversa com o rapaz explicando o procedimento. Como se, para o outro, fosse novidade...
    Anestesia geral.
    O anestésico está sendo introduzido na sua veia. O rapaz sente cada gota daquilo entrando pelo seu vaso sangüíneo.
    É agora! Vou apagar!
    Antes que ele pudesse pensar duas vezes, sentiu sua respiração falhar. Era inútil tentar respirar com mais força. Estava sufocando. Começa a ficar ofegante e demonstra todo o desespero dentro de seus olhos e semblante.
    Vou morrer!
    Nessa hora o mesmo anestesista chama pelo nome do rapaz, e mais uma vez lhe acalma:
    –Respire! Está tudo bem. Apenas respire com calma! Isso!
    De repente tudo fica escuro. Cessarão todos os medos, angústias, ânsias... Tudo era paz. A consciência e a alma do rapaz pareciam navegar num mar de trevas infinito. E como era calmo e tranquilo...
    Num dado momento, surgiu daquela escuridão uma voz que o chamava pelo nome:
    –Acorde! Acorde! A cirurgia acabou. Foi um sucesso.
    O rapaz abre os olhos e o fita. A visão ainda está meio embaçada. Um sorriso surge em seus lábios, e, em seguida, olha para o cirurgião e lhe faz um pedido súbito:
    –Doutor! Doutor! Passe no quarto e fale com minha mãe, por favor!
    O cirurgião, já apressado para ir embora, assenti, e ainda conversa com o rapaz, fazendo algumas recomendações antes de sair pela porta.
    O anestesista também assim o faz e deixa a sala após dar um aperto de mão no rapaz.
    Por que pedi para ele falar com minha mãe?
    Ele não se recordava com perfeição, mas acha que de algum modo teria visto um relógio, o qual marcava pouco mais de meio dia.
    Estranho!
    Foi para a sala de recuperação pós-anestésica e por lá ficou durante meia hora. Conversou um pouco com as enfermeiras e depois foi encaminhado ao seu quarto. Lá sua mãe o esperava.
    –Mãe, que horas são?
    –Um pouco mais de meio dia, meu filho. Por quê?
    –Por nada.
    Sua lembrança em relação às horas estava certa. Mas como?  
    Será que existia um relógio onde eu pudesse ver as horas?
    O foco de luz estava na minha frente. Enfim... Em algum momento deve ter dado pra ver.
    O rapaz se recuperou bem a partir dali. Pouco mais de um mês depois já estava totalmente “cem por cento”.
    Aquela experiência lhe foi desagradável, mas lhe trouxera ensinamentos e novos questionamentos:
    –O aconteceu enquanto eu estava adormecido pela anestesia?
    –Que limiar é esse que separa vida e morte?
    –Será que sua consciência realmente pairara pelo universo, nesse plano ou noutro, enquanto ele “dormia”?
    –Como vi as horas no bendito relógio?
    –O que haverá depois “disso tudo”?
    –Tudo aquilo seria apenas uma ilusão criada pela mente?

    Sábado, 04-12-2010, 12h42min.

    O rapaz termina de escrever e salva seu texto.
    Talvez, um dia, todos descubramos a verdade. Talvez...